O caso Susana Graveto, que já tinha chocado Portugal pela brutalidade e pelo desfecho trágico, acaba de ganhar novos contornos emocionantes e profundamente tristes. As investigações revelaram o que aconteceu nas horas que antecederam o crime, e o relato é devastador — uma sucessão de sinais ignorados que podiam ter mudado tudo.

De acordo com o relatório da Polícia Judiciária, Susana passou o dia anterior ao homicídio a sentir-se mal, queixando-se de dores de cabeça intensas, tonturas e uma sensação de ansiedade constante. Testemunhas próximas confirmam que a mulher chegou a dizer que “não aguentava mais o stress e a tensão dentro de casa”.
“A Susana estava abatida, exausta, e disse que se sentia muito nervosa. Falou que o filho andava estranho, calado, agressivo… e que já não sabia o que fazer. No dia seguinte, foi pedir ajuda”, contou uma amiga próxima da vítima.

Na manhã do crime, Susana terá saído de casa para ir à farmácia e depois ao centro de saúde local, onde pediu medicação para enxaqueca e ansiedade. Segundo a enfermeira que a atendeu, a mulher parecia triste, tensa e com medo de alguma coisa, mas não revelou o motivo.
“Ela dizia que tinha dores de cabeça fortes, mas a dor parecia ser mais emocional do que física. Quando falava do filho, os olhos enchiam-se de lágrimas…”, revelou a profissional.
Poucas horas depois, Susana regressou a casa. O filho, de 14 anos, estava isolado no quarto, e a tensão começou a crescer. Fontes policiais confirmam que a discussão começou por causa do telemóvel, que Susana tinha confiscado no dia anterior — e terminou com um disparo fatal.

A cronologia reconstruída pelos investigadores mostra uma sequência arrepiante:
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17h40: Susana chega a casa e tenta conversar com o filho.
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18h05: vizinhos ouvem gritos e barulhos de objetos a cair.
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18h10: um disparo é ouvido — o tiro que tirou a vida à mãe.
O detalhe mais doloroso: Susana estava ao telemóvel no momento do crime, a falar com uma amiga, que relatou o desespero em primeira mão.
“Ela disse ‘tenho a cabeça a estalar, ele está fora de si’… e depois ouvi um grito e o tiro. Depois… silêncio.”

As autoridades acreditam que as dores de cabeça e o mal-estar físico de Susana eram reflexo direto do stress emocional que vivia diariamente. Amigos confirmam que a mulher já tinha procurado apoio psicológico, mas nunca chegou a iniciar acompanhamento devido a “falta de tempo e medo do estigma”.
O filho continua internado em observação psiquiátrica, e o país volta a questionar como sinais tão claros de perigo foram ignorados.
“Ela pediu ajuda, mas ninguém percebeu o que realmente estava a acontecer”, lamentou uma vizinha, em lágrimas.

A tragédia de Susana Graveto está agora a ser usada como alerta nacional para o agravamento da saúde mental e da violência doméstica silenciosa dentro das famílias portuguesas.