Quando todos pensavam que o caso Susana Graveto estava esclarecido, uma bomba acaba de rebentar dentro da investigação. O novo interrogatório ao filho da vítima, realizado esta semana, trouxe à tona contradições graves e detalhes inéditos que podem mudar completamente o rumo do processo.

Segundo informações exclusivas obtidas por fontes ligadas à Polícia Judiciária, o jovem de 14 anos, que confessou o homicídio da mãe, voltou a ser ouvido durante mais de quatro horas — e as respostas deixaram os inspetores desconfiados. Há agora uma nova suspeita: o adolescente pode não ter agido sozinho.
“Há lacunas no depoimento. Certas descrições não coincidem com as provas forenses, e isso abriu uma nova linha de investigação. O rapaz parece estar a esconder algo — ou alguém”, revelou uma fonte policial próxima do caso.

Durante o novo interrogatório, o menor hesitou várias vezes ao ser confrontado com perguntas sobre a arma, o momento do disparo e o que aconteceu imediatamente depois. Segundo os investigadores, detalhes cruciais não batem certo com o cenário encontrado pela PJ no dia do crime.
Entre as contradições mais chocantes está o horário do disparo e a posição do corpo de Susana. A perícia balística sugere que a vítima foi atingida de um ângulo impossível para o filho, considerando a sua altura e posição declarada.
“Se ele estivesse onde diz que estava, o tiro teria acertado noutro ponto. Os dados físicos não coincidem”, explicaram os peritos.

Além disso, vestígios de uma segunda pegada parcial foram encontrados na cozinha — e não correspondem nem ao filho nem ao pai. A descoberta, até agora mantida em sigilo, pode indicar a presença de uma terceira pessoa no local do crime, pouco antes ou depois do homicídio.
A hipótese de alguém ter manipulado a cena do crime começa a ganhar força entre os investigadores. Um cenário possível seria uma tentativa de encobrir o verdadeiro autor ou cúmplice, aproveitando a confusão e o estado emocional do rapaz.
O Ministério Público já confirmou oficialmente que a PJ reabriu a linha de investigação e ordenou novas perícias de ADN e impressões digitais.
“Nada será descartado. Se houve mais alguém envolvido, essa pessoa será descoberta”, afirmou um porta-voz da investigação.

Enquanto isso, o jovem continua internado numa unidade psiquiátrica de segurança máxima, mas os técnicos que o acompanham notaram mudanças no seu comportamento. Ele estaria mais calado, evasivo e assustado, e recentemente teria dito a uma psicóloga:
“Eu não quero ser o único a pagar… não fui só eu.”
As palavras do rapaz deixaram os profissionais em alerta e foram imediatamente comunicadas às autoridades. A possibilidade de um encobrimento familiar ou de influência externa está agora sob análise.
Nas redes sociais, as teorias multiplicam-se: alguns acreditam que o pai pode ter tido um papel indireto, outros falam de um amigo mais velho que teria dado a arma ao jovem ou até instigado o crime. A família, por sua vez, nega qualquer envolvimento de terceiros e pede respeito pela memória de Susana.
A aldeia onde tudo aconteceu vive em clima de inquietação e mistério renovado.
“Pensámos que já sabíamos a verdade, mas afinal isto ainda vai dar muito que falar”, disse uma vizinha.