A tragédia que abalou o país ganha novos contornos de mistério e suspeita. Francisco Pereira, amigo de longa data e compadre do casal Gravato, veio agora a público revelar detalhes inéditos sobre o comportamento de Pedro, o marido de Susana Gravato — e o seu testemunho está a lançar novas dúvidas sobre o que realmente aconteceu naquela fatídica tarde.

Em entrevista exclusiva a um órgão de comunicação nacional, Francisco afirmou que já tinha alertado Susana e familiares próximos para o comportamento cada vez mais agressivo e controlador de Pedro.
“Ele tinha um temperamento muito difícil. Já a tinha ameaçado antes, várias vezes. Às vezes em discussões banais, dizia coisas como ‘um dia vais arrepender-te de me provocar’. Todos achávamos que era força de expressão… mas hoje penso diferente.”
Estas declarações surgem dias depois da PJ ter admitido novas inconsistências no depoimento do filho e reaberto a investigação, o que alimenta teorias sobre o envolvimento de terceiros no crime.

Francisco Pereira descreveu ainda vários episódios de tensão no casamento, sobretudo nos últimos meses, quando o casal enfrentava problemas financeiros e familiares.
“Ela estava cansada. Tinha medo, mas tentava disfarçar. Dizia que o Pedro tinha ciúmes, que não gostava que ela trabalhasse tanto nem que tivesse tanta visibilidade na Câmara.”
Segundo o compadre, Susana chegou a confidenciar-lhe que pensava em separar-se definitivamente — algo que, segundo ele, Pedro nunca aceitou bem.
“Ela dizia-me: ‘Não quero mais viver com medo’. Mas ao mesmo tempo, não queria destruir a família. Queria proteger o filho.”
A PJ já terá ouvido Francisco Pereira como testemunha complementar, uma vez que as suas declarações podem alterar a linha de investigação. As autoridades investigam agora se Pedro teve algum tipo de contacto com o filho nas horas anteriores ao crime — ou até se poderá ter manipulado o adolescente emocionalmente.
“Há indícios de que o rapaz pode não ter agido sozinho — e de que alguém o influenciou. O nome do pai voltou a ser mencionado no interrogatório”, confirmou uma fonte policial ao Correio da Manhã.
A nova suspeita está a dividir opiniões. Enquanto alguns acreditam que Pedro pode ter desempenhado um papel indireto, outros defendem que o caso é um trágico resultado de uma relação familiar completamente destruída.
A família de Susana Gravato mantém-se em silêncio absoluto, enquanto amigos e colegas da autarca pedem justiça e transparência total.
“O país precisa de saber o que realmente aconteceu. Esta história ainda tem muito por contar”, desabafou Francisco, emocionado.