Tânia Laranjo reage ao caso do filho de 14 anos que matou a mãe em Vagos

Portugal continua em estado de choque. O brutal homicídio de Susana Gravato, vereadora da Câmara Municipal de Vagos, assassinada pelo próprio filho de 14 anos, abalou profundamente o país e reabriu um debate sensível: os limites da responsabilidade penal dos menores.

Tânia Laranjo sem filtros: “Estou a borrifar-me para o que dizem de mim”

Entre as muitas reações, uma voz destacou-se — a da grande repórter Tânia Laranjo, do Correio da Manhã e da CMTV, que, em direto no programa CM Jornal, classificou o caso como “absolutamente chocante” e lançou um apelo contundente:

“Estamos perante um homicídio hediondo, cometido por um jovem de 14 anos, e o sistema não prevê qualquer tipo de punição penal. É preciso repensar o sistema penal português.

A jornalista defendeu que este caso deve servir de alerta nacional, revelando falhas graves numa lei que, segundo ela, “não acompanha a realidade da violência atual entre jovens”. Laranjo lembrou que, em Portugal, menores de 16 anos não podem ser responsabilizados criminalmente, mesmo por crimes de extrema gravidade — ficando sujeitos apenas a medidas tutelares educativas, como o internamento em centros educativos por um máximo de três anos.

“Há crimes que ultrapassam qualquer noção de imaturidade. Este caso exige reflexão e coragem política”, reforçou.

Enquanto o país se tenta recompor do horror deste crime familiar sem precedentes, cresce a pressão pública para uma revisão profunda da lei penal juvenil — e as palavras de Tânia Laranjo ecoam como um grito de urgência: “Não podemos continuar a fechar os olhos.”