Cinco meses depois de ter sido noticiado o alegado envolvimento de Nininho Vaz Maia numa investigação da Polícia Judiciária (PJ) relacionada com uma rede internacional, surgem agora novos e importantes desenvolvimentos no caso.

O cantor português, de 37 anos, conhecido pelos seus êxitos musicais e pela ligação às tradições culturais do país, foi formalmente constituído arguido, apurou a imprensa nacional junto de fontes próximas da investigação.
Segundo as mesmas informações, os investigadores da PJ aguardam neste momento dados solicitados à Google, após a apreensão do telemóvel de Nininho Vaz Maia. Esses elementos, que deverão incluir registos de conversas, localização e trocas de mensagens, serão determinantes para decidir se o caso avança para acusação ou se será arquivado no que ao artista diz respeito.
“Os dados técnicos a obter através da Google serão cruciais para determinar o grau de ligação do cantor ao principal cabecilha da rede investigada”, revelou uma fonte ligada ao processo.
A investigação, que envolve suspeitas de ligações internacionais e operações financeiras suspeitas, continua em curso e mantém sigilo judicial, mas as autoridades reconhecem que o processo se encontra “numa fase sensível e decisiva”.
Recorde-se que, quando o caso se tornou público em maio deste ano, Nininho Vaz Maia negou veementemente qualquer envolvimento e defendeu publicamente a sua honra, tanto através de comunicados oficiais como em pleno palco, perante milhares de fãs.
“Quem me conhece sabe quem eu sou. Não devo nada a ninguém e confio na Justiça”, afirmou o cantor num dos seus espetáculos, recebendo aplausos e manifestações de apoio.
Desde então, a sua carreira manteve-se ativa, com concertos esgotados e presença constante nas redes sociais, onde os fãs continuam a demonstrar solidariedade perante a situação.
Contudo, a reabertura mediática do caso reacende o debate sobre a exposição pública de artistas envolvidos em investigações e o impacto que tais processos podem ter na imagem e credibilidade de figuras populares.
Neste momento, o Ministério Público aguarda a entrega dos relatórios técnicos da Google, que deverão chegar “nas próximas semanas”. Só então será decidido se Nininho Vaz Maia enfrentará uma acusação formal ou se o processo será arquivado por falta de provas.