Homicídio Susana Gravato: Catarina Gouveia responde a vídeo ‘polémico’ de Cristiana Jesus

A morte trágica de Susana Gravato não deixou ninguém indiferente e trouxe à tona uma reflexão necessária sobre parentalidade, limites e a forma como a sociedade encara o papel das mães e pais.

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A trágica morte de Susana Gravato, vereadora de Vagos alegadamente assassinada pelo próprio filho de 14 anos, tem chocado o país e levantado inúmeras reflexões sobre educação, parentalidade e saúde mental. Entre as vozes que se manifestaram, destacaram-se as influencers Cristiana Jesus e Catarina Gouveia, que protagonizaram uma troca de opiniões intensa, mas respeitosa, nas redes sociais.

Tudo começou quando Cristiana Jesus partilhou um vídeo no Instagram, onde expressou o seu choque com o caso e abordou o tema da parentalidade moderna, referindo-se ao que chama de “geração de bebés cristais”.

 

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“Hoje em dia parece que ser mãe virou um ato vigiado. Tudo o que fazemos é julgado. Vivemos num mundo em que as mães são quase proibidas até de tocar. Não se pode levantar a voz, não se pode dizer não, e Deus nos livre de levantar a mão para dar uma palmadinha no rabiosque quando é necessário”, afirmou.

A empresária admitiu já ter dado uma “palmadinha no rabiosque” ao filho, de seis anos, sublinhando que não o fez por raiva, mas num momento em que “a criança passou dos limites” e depois de tentar “diálogo, aviso e olhar firme”.

“Prefiro ser criticada agora por corrigir o meu filho do que amanhã chorar por não ter feito nada”, acrescentou.

A publicação rapidamente gerou debate e acabou por ser comentada por Catarina Gouveia, que respondeu com um longo texto reflexivo, defendendo uma abordagem mais empática e emocional à educação.

“Compreendo o teu ponto de vista, Cristian, e acho que pode ser construtivo partilhar o meu. […] Sabemos que somos filhas de uma geração desinformada, com limites impostos violentamente, e cabe a cada uma de nós reconhecer e trabalhar essa dor”, começou por escrever.

A atriz e influencer destacou ainda que a violência, mesmo disfarçada de disciplina, pode deixar marcas profundas: “Uma criança onde a prática de violência física ou emocional é imposta como uma linguagem de amor cresce na crença de que o amor magoa. […] O amor é paciente, não se irrita, não guarda rancor. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”

Apesar do tom distinto, Cristiana Jesus respondeu à reflexão de Catarina de forma cordial e madura, procurando esclarecer o seu ponto de vista.

“Obrigada pela tua reflexão, compreendo perfeitamente o teu ponto de vista e até concordo com grande parte do que disseste. Mas dizer que o amor é paciente, não se irrita, tudo sofre, tudo suporta… na prática nem sempre é assim”, afirmou.

A influencer reforçou que não defende a violência, mas sim a parentalidade real, reconhecendo as imperfeições e desafios que as mães enfrentam no dia a dia.

“Antes de ser a melhor amiga do meu filho, sou mãe. E parte do amor de mãe é ensinar respeito. […] Hoje ser mãe é viver sob julgamento constante. Esquecem-se de que somos humanas e que amor também é tentar, mesmo quando não é perfeito.”

O diálogo entre as duas personalidades foi amplamente comentado nas redes sociais, dividindo opiniões. Enquanto alguns elogiaram a sinceridade e o respeito mútuo, outros consideraram o tema demasiado sensível para ser debatido publicamente num momento de luto coletivo.

Uma coisa é certa: a morte trágica de Susana Gravato não deixou ninguém indiferente — e trouxe à tona uma reflexão necessária sobre parentalidade, limites e a forma como a sociedade encara o papel das mães.